quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aula 3 (25-10-2010)








“Couraçado Potemkin”, Sergei Eisenstein 1 hora e 13 minutos
Fechar os olhos e reconstituir o filme.
A memória da retina.
A experiência com a imagem precede a experiência com a palavra.
Imagem simulacro da Natureza. Palavras substituem alguma coisa – representam.

No que consiste a narração?
Um assunto, com termos envolvidos, e uma forma de contar esse assunto, ou a união entre os termos. (visa uma coerência, um saber).
Tempo da história diferente do tempo da narração.
Se uma pessoa conta um evento da sua própria vida, no momento do relato esse evento já não está a ser vivido, a narração divide a vida em duas partes: a que se vive naquele momento e a que deixou de ser vivida para ser narrada.

É preciso, no entanto, garantir a subtileza na passagem de um plano para outro, sob pena de se causar uma impressão de descontinuidade, a montagem deve ser elaborada de forma a impedir o esfacelamento da acção em unidades diferenciadas que possam desorientar o espectador, a ponto de ele não saber mais como situar-se em relação aos acontecimentos que se desenrolavam à sua frente.

O pensamento é cinematográfico.

Montagem por atracão.

O Sentido denotado e conotado. O significado e o significante. O Signo e o Símbolo.

Studium (o desejo, a vontade, o investimento, intenção) ESTUDO e o Punctum (espera, acaso, atenção, pequeno acontecimento, é um extra que se acrescenta e já lá está) PONTOS SENSÍVEIS

Bibliografia:
“O grão da voz” – Roland Barthes. Ed. 70, 1982.
“A Câmara Clara” – Roland Barthes. Ed. 70, 2010.

Trabalho de Casa: um fluxo que me interesse. Captar esse fluxo com um mínimo de 3 planos e um máximo de 5 planos. Cada plano não pode exceder 1 minuto de duração. Conceber um plano de montagem para esses planos. (ficheiro: MOV, AVI, JPG) ou aparelho de leitura com Bluetooth ou cabo USB de ligação ao Computador.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aula 2 (18-10-2010)













Pensar o fazer artístico no pós-estruturalismo (desconstrução).
Linguagem e sentidos. (Prisões).
Criação.
O plano da Representação. O Plano Virtual. O plano da Aparência.
Substância e Aparência – Real e Imaginário – Ideia e mundo sensorial – Bem e Mal.
Trabalho. Localização. Espera. Atenção. Aproximação.
A Imagem em movimento e o cinema dispositivo material.

Bibliografia:
“Francis Bacon Logique de la Sensation” - Gilles Deleuze. Ed. Seuil, 2002.
“Lógica do Sentido” – Gilles Deleuze. Ed. Perspectiva, 2003.
“The Ruin of Kasch” – Roberto Calasso. Ed. Vintage, 1995.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Aula 1 (11-10-2010)

O início do Cinema. O plano Fixo e as relações com a tradição da Pintura e Fotografia. O enquadramento, a perspectiva, o dentro e o fora de campo.
A relação do olho com o visível e com a reprodução maquinal desse olho.
Um olhar moderno sobre assuntos modernos – a máquina, o movimento, a velocidade.
A continuidade do espaço e do tempo e a montagem no plano fixo.

David W. Griffith , criador da linguagem cinematográfica (em particular o cinema narrativo), foi o primeiro a utilizar o close up, a montagem paralela , o suspense, o movimento de câmara, entre outras formas técnico/conceptuais de composição cinematográfica.
Com D. W. Griffith a câmara segue a acção com movimento de câmara.

Bibliografia:
“Atget” - John Szarkowski. Ed. Callaway– 2000.
“A Modernidade” – Walter Benjamin. Ed. Assírio & Alvim – 2007.
“D.W. Griffith and the Origins of American Narrative Film: THE EARLY YEARS AT BIOGRAPH” - Tom Gunning. Ed. University of Illinois Press – 1993.

















Imagem - Movimento

Data 11 Out 2010 a 7 Fev 2011
Local Rua de Santiago, 18, Lisboa
Horário 2ª feira das 18h30 às 20h30

Programa: Uma abordagem à história da imagem em movimento centrada na análise de alguns casos exemplares: “L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat”, irmãos Lumière; “Un chien andalou”, Luis Buñuel; “Couraçado Potemkin”, Sergei Eisenstein; “Anemic Cinema”, Marcel Duchamp; “Les Maîtres Fous”, Jean Rouch; “film”, Samuel Beckett; “Lancelot du Lac”, Robert Bresson; “Mothlight”, Stan Brakhage; “Histoire(s) du Cinéma”; Jean-Luc Godard; “TV Cello”, Nam June Paik; “The Other: "Rest Energy"”, Marina Abramovic; “Maria”, Alexander Sokurov; “24 Hour Psycho”, Douglas Gordon; “Psycho”, Gus Van Sant; “Onde Jaz o Teu Sorriso?”, Pedro Costa; “Cremaster 3”, Matthew Barney;“No Country for Old Men”, Joel e Ethan Coen. Paralelamente expõem-se algumas formulações teóricas relacionadas com o pensar e fazer artísticos.

Professor
Marcelo Costa